quinta-feira, janeiro 20, 2005

Espelho Quebrado, Escurecido

Completo, Complexo, estação final de nossas vidas
Esgotadas que estão as folhas que flutuam
Rasgos de saudade, receios, lágrimas perdidas
Das nossas vidas, nossas queridas vidas

Mais um sol, mais vozes, mais sonhos que nos inundam
Lavam a alma naquele vai e vem fugidio
Sem lamentos, porém, que remoam e doam
Às nossas vidas, nossas queridas vidas

Solta um grito, solta a palpitação. Rasgam o frio,
Memórias num sorriso fechado, de um corpo parado,
E uma mente electrizante nos sucessos de outrora. E rio
Das nossas vidas, nossas queridas vidas

Um quarto enfezado para nascer, apodrecer, morrer. O fado…
Uma neblina a quem revelo os meus segredos
Uma ponte para o vazio para onde nado
E dou fim à vida, às nossas queridas vidas

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