terça-feira, outubro 28, 2003

Tudo Saber

Não sei, quanta coisa eu não sei
Que reflicto, olho, desisto, enfim.
Vergonha, culpa, ira em mim
Quando tudo perdi, porque a alma não dei

O verdadeiro 'desconhecido'

Ignorância feliz que me manténs
De mim não sabes o que eu não sei
Vives daquilo que eu não te dei
E eu vivo em ti, porque mais nada sei

A minha 1ª reminiscência

Sentei-me. Sorri.
Feliz, porque o resto do mundo
Não existia!
Não importava para mim.

Sabia que fazia o que não devia.
Só não sabia que o sabia.
Vasculhava o que hoje são memórias.
Procuro… Já não sei o quê
Acho que nunca o soube.

Inocente pensava se um dia
Me lembraria daquele momento.
Tantas vezes repeti esse pensamento…
Só este ficou.

sexta-feira, outubro 24, 2003

Insaciadade Inquietante e Permanente

Num breve momento de clarividência
Percebo que a culpa é só minha
O meu passado... O presente que já não o é.

"Não sou eu nem o outro..."
Pois não. Porque eu era o outro
Mas o outro já não sou eu.

Sou o ser novo.
O que não se conhece.
O desassossegado que se procura.

Infeliz. Triste. Saudosista.
A minha única certeza és tu!
Ainda que não sejas mais a outra...

Aquela que o outro conheceu.
Não eu...
Mas os restos do que de mim ficou.

quarta-feira, outubro 22, 2003

Dor Fiel

Eu tenho uma dor
Nascida em mim, formada em mim
Que ninguém me pode tirar

Causa-me um sofrimento que é só meu
E a ninguém tenho que prestar contas.
É dor! Sim é dor. Em mim.
Mas esta dor é liberdade! É a liberdade de te amar

O Meu Anjo da Morte Chegou e Levou-me

Aqui jaz o poema
Enquanto forma de enunciação
Aqui jaz a ternura
Que existia no meu coração

Consumismo Que Me Consome

Conto as linhas que escrevo
Conto os cigarros que fumo
Números... Metáforas que não me dão rumo
Não me mostram o fumo. E linhas... Não as vejo

Muda-se o Estado Mudam-se as Maldades

Amor cuidado!
Que o mundo hoje está diferente
O ditador agora é o estado.

Raiva

A raiva,
Um espinho no olhar,
Rasga as paredes do meu ser.
Não ouve, não vê, não...
Não. NÃO! NÃO! NÃO! NÃAAAAAAAAAAAAAAÃO!!!!!

quinta-feira, outubro 16, 2003

Saber o Verdadeiro Saber e Enunciá-Lo Em Berros Mudos

Amar a dor dos olhos teus.
Pensar. Desesperar! Sentir que o enganado fui só eu...
Olhava-te a ti ou rejeitava a deus?
Duvida se o que eu via ele alguma vez escreveu.

Perfeição celestial: imaginário humano.
A igualdade não é potencial
É qualidade do insano.
Insano eu, ao ver(-te). O ideal metamorfosear-se... Imaterial.

E agora sei, mas o tempo já passou.
Arrisquei saber mas não pude aproveitar.
O conhecimento é de quem ousou...
Mas de quem cá não ficou para contar

Boiam Direitos Das Costas dos Sabões

Boiam sabões das costas de Marrocos
Em alegre pescaria levo com um na barriga.
Durante dias lavou-me o espírito. Abriu-me os olhos!
O resto da vida... Não sei que te diga.

Estes olhos ardem.
Esta fonte de toda a chuva ácida são lágrimas.
O que elas levam só elas sabem,
Mas ao evaporar... restam nestas páginas.

Escrever direito o que direito não existe.
Existe apenas o conceito;
Pois a realidade é bem mais triste;
Porque justiça e o direito não começa nem desiste.

Rio... Rio:)

Cego, ego...
É o amor que escrevo.
Licor de café com tequilha!!!
Uma bebedeira... e nado. Vou tranquilo.
Por um metro? Não! Uma milha!