quinta-feira, dezembro 18, 2003

Roubar O Lugar Da Solidão Que Me Acompanha

Às vezes,
Por um momento,
A insegurança
Toma conta de nós

Aí, o tremor
Subsistui-nos a voz

E eu grito,
bem alto,
por dentro,
EU NÃO CONSIGO!!!

Mas,
de súbito,
Rio! Reabro os olhos

E tudo reaparece;
quando olho,
e vejo que...

Estás comigo.

Lado a Lado Com A Identidade

Danço um tango com a vida
Com o presente, o passado e o futuro
Tudo no mesmo instante.
O instante... Ou a eternidade!

Nasço já com 3 milhões de anos
E preguiçosamente,
Continuo a saber tanto como há três milhões de anos

E sou feliz? Felicidade é instante!
E instante não tem tempo.

Presente??? Ups! Já passou!
Fica memória e sonho
Vida, afinal!
Desde que se os não queira comparar
Ao que quer que seja

E exprimo tudo isto por palavras
Os pequenos nadas.
Utensílios nossos de combate à solidão

E assim faço a diferença
Num espaço que se chama Tempo
Em que 1000 coisas mudam Todos em poucos anos

Fazendo inveja ao espaço, Tempo em que apenas
3 ou 4 tufões tinham lugar
Para nos ferir ou alegrar

Na permanente ilusão de ser

quarta-feira, dezembro 17, 2003

Pleonasmos Oximorógicos

Subi e subi e subi
Para cima.
E quando, finalmente, cheguei lá abaixo
Voltei para trás

terça-feira, dezembro 09, 2003

16 Linhas Sem Princípio Nem Fin...alidade

Vamos começar pelo início.
Primeiro veio o fim,
Assim parecia asfixiando-se-me a alma daquela maneira,
Ai aqueles cabelos…
Depois veio o motivo
Motivo para lutar
Não te ia deixar partir
Depois da luta vieste finalmente.
Depois veio a apatia da rotina,
Assim surgiu a loucura,
E mais tarde os cabelos brancos
Doces cabelos brancos,
O platónico nunca parecera tão atingível
Só então veio a percepção.
Tanto desperdício…
O horror! O horror!!!

Palavra!

Palavra que se mexe
Sentido puro que cresce.
Um movimento agreste
E já não sai nada que preste

Modulada pela inspiração
Fazem de ti o que não és
Para os outros imitação,
Para mim...És o que És

Pena de Pena

Esta é a pena que me comove.
A pena que se perde e acha em ti o sentido
O sentimento em forma de estrofe
A tristeza. A beleza. O que me faz perdido.

Estados de Espírito

Vontade que não flui...
Rio estanque do pensamento
Desagregação e arrependimento
Dispersão, raiva, aborrecimento.

Impaciência, Irritação,
Frustração e Decepção.

Não querer
Não apetecer
Não fazer...
Tudo parte do mesmo ser:

EU

quarta-feira, dezembro 03, 2003

O poder do conhecimento

E agora tudo se complica…
No momento em que tudo parecia fácil
Impenetrar foi complicar.
O que era, agora é pouco.
E querer mais é permanente insatisfação.
Gargalhadas de loucura, de tristeza. De incompreenção…
Chora-se o que não foi, o que nunca será.
Culpa-se a imaginação por ter querido mais
Culpa-se a iniciação por ter mostrado mais
E, em desespero, culpa-se a coisa por existir.