quinta-feira, julho 21, 2005

Viver, em 5 minutos

Em cinco minutos
Uma chuva seca roubou o lugar ao sol
Só para que ele pudesse lembrar como brilhou
Em cinco minutos
Os pássaros renasceram
As árvores floresceram
As terras reviveram...
E eu deixei-me afogar
Em tanta beleza

Apelo-te Que Me Apeles Apelo

Mas para onde foste tu apelo meu?

Inspiração divina que guiava os meus automatismos

Força corpórea que forçava os meus mecanismos

Coisa incerta que empurrava os meus tropeços de ânimo...

E que tornava razão, o banal

Aquele aparente natural

A Salvação

Bela,

Açúcar e sal de uma vida sem sabor
Dor segura e fria, revestida de suor frio
Cala esta coisa... Este desespero... Dor...
Impede os meus passos sonâmbulos para o vazio

O apelo do ocioso

Só hoje... Só hoje consegui vê-lo

Tão tarde descobri a génese da tristeza e da permanente insatisfação

Dias inteiros sem chamamento, sem motor de arranque, sem paixão

Sem apelo...