sexta-feira, maio 19, 2006

Homem Novo

O Homem descobriu no verbo a inexistência de um deus
E no mesmo verbo achou a impossibilidade de imortalidade total
Então acordou para o mundo e achou em si mesmo o seu Deus
O todo poderoso ser que pode determinar uma pequena, mas decisiva, percentagem
De toda a aleatoriamente que prova ser este mundo,
Embora que engolido em rotinas que lhe estabeleçam uma pretensa ordem,
Indispensável, não à sobrevivência biológica, mas – e talvez mais importante – à mental
E agora, com esse homem-deus por aí, esse super-homem, que venera as suas mães e anseia matar todos os seus pais
Os seres bons que lhe deram noção da realidade, das limitações exteriores, da lei,
Mas também a capacidade individual e do peso individual no todo
Está aqui. E por cá vai ficar e ser e fazer até que algo mais venha e que as poucas incertezas que tem tenham valido a pena enquanto o ar foi ar
E que só depois venham as verdades,
Que só o tempo ditará,
E que só a ideal idade lhe dará