Correm-me pensamentos pelas veias,
Pensado é o meu corpo todo.
Os outros textos, as minhas teias
E eu imóvel na mobilidade de tudo.
Não sinto as palavras que escrevo.
Formato digital. O presente natural
Escorrega pelo inconsciente determinado,
Munido de intencionalidade parcial
O automático não se pertence a si,
Não tem ser donde partir.
E eu só pertenço ao automático
Menos ser que eu,
menos EU, menos EU
quarta-feira, março 31, 2004
sábado, março 27, 2004
Musa Lusa
Vermelhaste a face de todos em redor
Bela, insinuada, descarada, sem pudor
Uns riam, outros sorriam, todos te viam
Musa lusa, brilho incandescente. Isso, riam…
Bela, insinuada, descarada, sem pudor
Uns riam, outros sorriam, todos te viam
Musa lusa, brilho incandescente. Isso, riam…
domingo, março 21, 2004
Ditos Populares – Sujeitos Impopulares
Já lá dizia a velha das Viagens de A., que quando não se trabalha, trabalha alguma coisa em nós que nos cansa ainda mais.
Aqui digo eu, que quando o espírito não nos toca falece qualquer coisa em nós, a que comummente chamamos vontade.
Daí a nossa vida de cansaço. De permanente irritação. Que a ociosidade não compreende. Pois isto nada lhe diz.
Aqui digo eu, que quando o espírito não nos toca falece qualquer coisa em nós, a que comummente chamamos vontade.
Daí a nossa vida de cansaço. De permanente irritação. Que a ociosidade não compreende. Pois isto nada lhe diz.
terça-feira, março 16, 2004
Vida Na Bruma Será Vida?
'O ser de ter
é o querer ser
e não querer'
- NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAOOOOOOOOOO!!!!!!
- NÃAÃÃÃÃÃÃAOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!
Gritava! Brandava! Corriam-lhe as últimas lágrimas duma vida seca. Abriam-se fendas que nada mais poderia fechar. Nada?Ninguém!
- Só quero o meu filho! O MEU FIIIIIIILHO!!!
E em segundos, num espaço sem tempo, a matéria diluiu-se em vazio. Em nada. E a esperança tornou-se o gigante que tudo poderia concretizar. Se quizesse?
- Eu abro mão de tudo meu Deus. Dá-me o meu filho? Salva-o? Eu dou tudo o que tenho. Eu ajudarei os outros. Mas O MEU FIIIILHO!!! DEUUUUUSSSS!!!
Em volta, as pessoas olhavam um homem estranho. Louco decerto. Possivelmente até, um homicida, não fosse ele ser estrangeiro na sua aparência. E nos tempos que correm, seria, muito naturalmente um terrorista. Aqueles polícias ali à volta, lá estariam por algum motivo! E aqueles gritos de horror... Arrependimento de certezinha absoluta!
Ah, mentes pequenas. Xenofobia atroz.
Entretanto as sirenes chegavam, o mundo todo buzinava. Em momentos, toda aquela rua era vermelha e azul. Todo o movimento se dava ao passo de compassos agudos. Sirenes, essas sim do horror? E contudo, a réstia, a esperança de salvação.
No chão o vermelho - fogo, tiro, queda - escurecia. Em seu lugar aparecia o negro.
A loucura espreitava o seu momento para aparecer em palco. Que excitação! O seu instinto dava-lhe certezas que nenhuma probabilidade àquele pai podia oferecer.
O vazio completo passou por aqueles momentos de espera. A batina branca? ou verde?!... que o diga a loucura, ela saberá seguramente!, trouxe a notícia esperada.
(?)
Na paz dos últimos dias, o suicídio chegou. Não como necessidade! Antes, como... naturalidade.
é o querer ser
e não querer'
- NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAOOOOOOOOOO!!!!!!
- NÃAÃÃÃÃÃÃAOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!
Gritava! Brandava! Corriam-lhe as últimas lágrimas duma vida seca. Abriam-se fendas que nada mais poderia fechar. Nada?Ninguém!
- Só quero o meu filho! O MEU FIIIIIIILHO!!!
E em segundos, num espaço sem tempo, a matéria diluiu-se em vazio. Em nada. E a esperança tornou-se o gigante que tudo poderia concretizar. Se quizesse?
- Eu abro mão de tudo meu Deus. Dá-me o meu filho? Salva-o? Eu dou tudo o que tenho. Eu ajudarei os outros. Mas O MEU FIIIILHO!!! DEUUUUUSSSS!!!
Em volta, as pessoas olhavam um homem estranho. Louco decerto. Possivelmente até, um homicida, não fosse ele ser estrangeiro na sua aparência. E nos tempos que correm, seria, muito naturalmente um terrorista. Aqueles polícias ali à volta, lá estariam por algum motivo! E aqueles gritos de horror... Arrependimento de certezinha absoluta!
Ah, mentes pequenas. Xenofobia atroz.
Entretanto as sirenes chegavam, o mundo todo buzinava. Em momentos, toda aquela rua era vermelha e azul. Todo o movimento se dava ao passo de compassos agudos. Sirenes, essas sim do horror? E contudo, a réstia, a esperança de salvação.
No chão o vermelho - fogo, tiro, queda - escurecia. Em seu lugar aparecia o negro.
A loucura espreitava o seu momento para aparecer em palco. Que excitação! O seu instinto dava-lhe certezas que nenhuma probabilidade àquele pai podia oferecer.
O vazio completo passou por aqueles momentos de espera. A batina branca? ou verde?!... que o diga a loucura, ela saberá seguramente!, trouxe a notícia esperada.
(?)
Na paz dos últimos dias, o suicídio chegou. Não como necessidade! Antes, como... naturalidade.
sexta-feira, março 05, 2004
Incontornável Lei da Não Presença
Que fique. Não...
Não fique!
Não sei...
Olha para mim...
Molha aqui a tua mão.
Vês...
É este o efeito da solidão
Não fique!
Não sei...
Olha para mim...
Molha aqui a tua mão.
Vês...
É este o efeito da solidão
Subscrever:
Mensagens (Atom)