terça-feira, abril 13, 2010

Animal Platónico

Quero sentir o calor dos teus lábios
Sábios
Adensando vontades, sem te tocar
Contemplando

Quero ser mais forte do que eu
Mais humano, sem o ser
Mais a parte de mim
Que diz não saber que tem outra em si

Mas a minha razão está enviesada nos teus lábios
Que uma razão só sua têm.

E, no fim,
Reclamo novamente do mesmo,
Reclama a mente

Choro de forma racional e fria
Choro o vazio da sensação que havia
Choro a pele que ficou

Amei, com dois corações, um só ventrículo
Marioneta, fui controlado por esse ventríloquo
Irracional ser de quem sou espectador

Volta, não vás...

O fazer levou-a
E o que sinto ficou

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